Em atendimento a requerimento impetrado pela vereadora Fátima Carmino (PT), o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Parnaíba (Sindserm), Leandro da Silva Lopes, fez uso da Tribuna Livre da Câmara Municipal na manhã desta quarta-feira (17), com o intuito de tratar de reivindicações dos enfermeiros e técnicos de enfermagem do município que paralisaram as atividades no último dia 10.
Conforme pontuou o presidente do Sindserm, a categoria reivindica dentre outros direitos, o retorno da Gratificação contra a Covid-19; recomposição salarial, uma vez que há 20 anos o provimento dos profissionais não passa por reajuste e revisão do Plano de Cargo e Carreira. Atualmente a gratificação no salário do servidor é de aproximadamente R$70,00 para quem tem especialização (Graduação) e R$140,00 para os que possuem Mestrado.
“Não compensa ao profissional da enfermagem estudar, pois não será valorizado pelo esforço em busca do conhecimento”, lamentou Lopes.
Ele alertou ainda para a breve votação na Câmara sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que não prevê recomposição salarial para a categoria.
“Esse item precisa constar na LDO para que em janeiro de 2022 tenhamos essa recomposição salarial. Atualmente um profissional técnico em enfermagem especializado ganha um salário mínimo. Uma enfermeira ganha o mesmo salário base de 15 anos trás e isso nos assusta, pois o preço de tudo sobe em nosso País. Então, nosso clamor nesta Casa é para que os vereadores levem nossas petições à gestão município. É lamentável ver uma categoria profissional tão importante ser desvalorizada e sofrida. Peço que reflitam: aqui estão as pessoas que vacinaram os parlamentares, que vacinaram e estão vacinando a população parnaibana. Estes trabalhadores estão cansados de tanto lutarem por seus direitos e não serem ouvidos, então, estamos aqui por uma questão de justiça”, externou Leandro.
Foi pontuado ainda sobre as más condições estruturais de muitas Unidades Básicas de Saúde (UBs), bem como a falta de segurança nas unidades de saúde. Então, exortamos p Executivo e a população parnaibana a apoiarem os profissionais de saúde que querem trabalhar, mas com seus direitos garantidos. Não adianta ‘chamar de herói, heropina’, o que queremos e precisamos é de reconhecimento no contracheque, no bolso”, finalizou Lopes.
Também fazendo uso da tribuna, a enfermeira Giuliane pontuou algumas das dificuldades enfrentadas diariamente pelos profissionais.
“No meu posto tem uma pilha de lixo dentro do banheiro. O portão da UBS está quebrado e quando vamos em busca de soluções, recebemos como resposta que o caso será solucionado, mas nada acontece, dentre outros problemas. Nosso desejo é que a gestão não somente nos veja, mas que verdadeiramente nos enxergue e nos ofereça condições humanas e dignas de trabalho”, finalizou.
Ascom / CMP