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Audiência Pública debate a “Obrigatoriedade do Passaporte Sanitário em Parnaíba”

Audiência Pública debate a “Obrigatoriedade do Passaporte Sanitário em Parnaíba”

Na manhã desta quarta-feira (27), a Câmara Municipal de Parnaíba realizou uma Audiência Pública para tratar sobre a “Obrigatoriedade do Passaporte Sanitário no município de Parnaíba, bem como os efeitos da vacina experimental nas pessoas”. O debate foi proposto pelo vereador e presidente da Casa, Carlson Pessoa (União), mediante demanda de um grupo de munícipes encabeçado pelo professor Maurício Júnior.

O tema foi exaustivamente debatido e contou com a participação via videoconferência de diversos especialistas na área como os médicos: José Augusto Nasser dos Santos (Rio de Janeiro/RJ); Maria Emília Gadelha Serra (São Paulo/SP); Akemi Scarlet Shiba (Porto Alegre / RJ) e João Jackson Duarte, além do especialista em Bioética e Biopolítica e coordenador do Movimento Legislação e Vida, Hermes Rodrigues Nery (São Bento do Sapucaí/SP); do professor Lucas Henrique Feitosa de Mattos, (Rio de Janeiro / RJ) e dos advogados Cíntia Aires (Parnaíba/ PI); Maurício dos Santos Pereira (São Paulo, SP) e Paulo César Rodrigues de Faria – renomado advogado que atua no caso do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ). A secretária municipal de Saúde, Leidiane Pio Barros, também se fez presente, além dos vereadores David Soares (Progressistas) e Renato Bittencourt (PTB).

Médico José Augusto Nasser

Participaram ainda pacientes que sofreram efeitos adversos graves da vacina como a senhora Ozana Malamud, de São Paulo-SP, que contraiu a Síndrome de Guillain-Barré e hoje encontra-se em uma cadeira de rodas; Raimunda Cícera dos Santos, de Araguatins – Tocantins, vitimada com trombose na perna esquerda quatro dias após tomar a primeira dose da Pfizer, precisando ser submetida a amputação do membro inferior; Arlene Ferrari Graf, de Blumenau – Santa Catarina, mãe do advogado Bruno Graf que sofreu um AVC irreversível e veio a óbito aos 28 anos duas semanas depois de tomar a vacina e Cleuza Caetano Soares, de Barretos – SP, vitimada com cegueira parcial, trombose e lúpus.

Médica Emília Gadelha

Maurício Júnior abriu o debate explicando que o pleito tratava-se de “um pedido de socorro contra um sistema que tentaria suplantar os direitos individuais e constitucionais daqueles que se negam a receber a vacinação contra a Covid-19”.

Advogado Paulo César Faria

“Somos contra a obrigatoriedade da apresentação de uma carteira de vacinação na qual àqueles cidadãos que não desejam se submeter a tal experimento, sofrem pressão de diversas formas, correndo o risco de perderem seus direitos essenciais”, afirmou ao contar o exemplo da esposa dele que, por estar amamentando, se recusou a passar pela imunização e acabou sofrendo punição administrativa no trabalho, chegando a ser afastada. Ela precisou entrar com pedido de licença não remunerada para não ser exonerada.

Presidente Carlson Pessoa (UNIÃO)

A médica Akemi Scarlet Shiba apresentou planilhas documentais com informações atualizadas, traçando um panorama geral sobre o tema no Brasil. Ela questionou a necessidade da exigência do Passaporte Sanitário fora de situações emergenciais, uma vez que no último dia 24 de abril o Ministério da Saúde publicou uma Portaria encerrando oficialmente a Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) em decorrência da Covid-19.

Professor Maurício Júnior

“As pessoas precisam questionar se o Passaporte Sanitário funciona como barreira sanitária. Temos como exemplo clássico o caso de Israel, onde 72% da população está vacinada, muitos inclusive com até a 4° dose e, no entanto, o País apresentou vários picos de morte. Por outro lado, temos a Nigéria com apenas 11% da população vacinada, mas com um número baixíssimo de mortes. O que se percebe é que no País africano a população faz uso constante da Ivermectina contra doenças edêmicas. Como em Israel as drogas se mostraram ineficazes, o primeiro ministro baniu o Passaporte Sanitário em fevereiro deste ano. Ou seja, as vacinas não impedem a pessoa de contrair, nem de transmitir a Covid.

Ozana Malamud (testemunha)

João Jackson Duarte levantou questões como o fato de a imunidade natural nunca ter sido colocada em pauta, além de expor que os efeitos adversos da vacina são muitos, porém, subnotificados. Ele expôs estudos científicos feitos nos Estados Unidos e em outros 68 Países que evidenciaram a ausência de relação entre o nível de cobertura vacinal e o surgimento de Covid.

Advogado Maurício dos Santos Pereira

Seguindo a mesma linha de pensamento, o Dr. José Augusto Nasser disse que, ao contrário dos líquidos injetáveis, a variante Ômicron tem estabelecido um sistema natural de imunização nas pessoas. Ele apresentou estudos recentes apontando que a imunidade determinada pelas mRNAs são inferiores aos pacientes que se infectaram. Por tanto, em análise com biópsia de medula óssea foi constatada a persistência a longo prazo de imunidade celular ao Sars 2. O médico propôs ainda que a estrutura vacinal provoca toxicidade da glicoproteína da espícula (Spike protein ou proteína S) de SARS-CoV-2 para os seres humanos, o que resultaria na modificação do DNA, favorecendo o surgimento de câncer, além da remissão da doença em casos considerados controlados / curados.

Médica Akemi Scarlet Shiba

A médica Emília Gadelha igualmente questionou a segurança das vacinas ao informar que até o último dia 26 de abril foram notificados no Brasil 188.587 eventos adversos em indivíduos que receberam a droga.

Estudioso da causa, o advogado Paulo César Faria discorreu sobre o direito à liberdade de escolha garantida pela Constituição Federal, que dita acerca do direito de o cidadão não ser submetido a um tratamento médico que coloque a saúde dele em risco.

Arlene Ferrari Graf (testemunha)

“O que temos visto no Brasil é uma violação aos direitos individuais. Precisamos deixar claro que o Passaporte Vacinal não tem previsão legal. Recentemente o próprio ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, declarou que o Passaporte não ajudou em nada no controle da doença. Decreto nenhum pode estabelecer a validade destas proibições. Nossa Constituição afirma que ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer algo a não ser mediante leis ou em decorrência delas”, orientou. “Temos visto casos comprovados de brasileiros  com eventos adversos e sequelas gravíssimas, como amputação de membros. Trata-se de uma lesão corporal gravíssima e configura-se como crime. Os agentes que estabelecem estes Passaportes Vacinais cometem crime ao colocarem a vida e a saúde do outro em risco. A Nota Técnica do Ministério da Saúde N° 5 de 2022 deixou claro que a vacina contra a Covid-19 que está prevista no Plano Nacional de Operacionalização (PNO), não é obrigatória e sim facultativa. É opcional de cada indivíduo. Muitas pessoas não podem tomar esses medicamentos e isso não está sendo levado em conta”, continuou.

Coordenador do Movimento Legislação e Vida, Hermes Rodrigues Nery

Muito emocionada, Ozana Malamud, presa a uma cadeira de rodas por ter contraído a Síndrome de Guillain-Barré em decorrência da aplicação da Pfizer, contou da luta que tem enfrentado para arcar com o tratamento, consultas, exames e processo de reabilitação.

Professor Lucas Henrique de Mattos

“Suplico aos vereadores de Parnaíba que não aceitem o Passaporte Vacinal na cidade, pois sou prova viva dos estragos deste experimento. Eu era uma pessoa saudável, que andava normalmente e trabalhava, mas agora estou numa cadeira de rodas sem auxílio de nenhum ente público para arcar com os altos custos do meu tratamento”, contou.

Cícera dos Santos (testemunha)

Presencialmente na Câmara, a advogada Cíntia Ayres parabenizou todos os participantes ao tempo em que ressaltou que é preciso coragem para defender tal pauta. Pauta esta também enaltecida pelo advogado Maurício dos Santos Pereira, pois de acordo com ele “é ouvindo o povo que se chega a decisões importantes em benefício da população”.

Médico João Jackson Duarte

“Somos contra a tirania do Passaporte Sanitário e demais exigência que não possibilitam a proteção da saúde e sim o controle social. Pedimos socorro pelas nossas liberdades individuais e pelo exercício da democracia”, pontuou.

Cleuza Caetano Soares (testemunha)

O professor Lucas Henrique Feitosa de Mattos argumentou que o movimento contra o Passaporte Vacinal visa garantir a saúde, a vida e a manutenção dos empregos de milhares de brasileiros que se sentem acuados diante de determinações impostas por governantes. Por sua vez, o especialista em Bioética e Biopolítica e coordenador do Movimento Legislação e Vida, Hermes Rodrigues Nery informou que o movimento tem se ocupado em levar informação às pessoas quanto aos excessos cometidos durante a pandemia.

Advogada Cíntia Ayres

“Estudiosos da história têm o conhecimento de que não é a primeira vez em que, por meio de medidas invasivas, se tentou impor medidas contra a dignidade humana. Não há espaço para o contra ponto na grande mídia, então, passamos a levantar estes debates com especialistas na área nas Câmaras Municipais e Assembleias Legislativas para compreendermos não somente os efeitos dessas medidas, mas também suas causas e finalidades. Parabéns a Câmara Municipal de Parnaíba por ceder espaço a este tão importante tema”, frisou.

Vereador David Soares (Progressistas)

O advogado e vereador David Soares (Progressistas), declarou que aprendeu bastante com os conhecimentos repassados pelos oradores, ao tempo que lamentou o avanço das imposições autoritárias colocadas em prática nos últimos anos. Ele voltou a afirmar ser contrário ao Passaporte por acreditar que os direitos individuais precisam ser preservados. O colega de parlamento, Renato Bittencourt (PTB), agradeceu os esclarecimentos prestados por todos os participantes e se colocou à disposição para contribuir com a luta.

Vereador Renato Bittencourt (PTB)

Ao final do debate, o presidente Carlson Pessoa informou que um documento elaborado pela Câmara sobre o assunto será encaminhado  à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ministério Público, Secretaria Municipal de Saúde e Secretaria Estadual de Saúde solicitando o fim do Passaporte Sanitário no Piauí e em Parnaíba, uma vez que tal protocolo já foi suspenso em diversos municípios da federação.

Ascom / CMP

Câmara fomenta debate sobre o retorno do Festival São João da Parnaíba

Câmara fomenta debate sobre o retorno do Festival São João da Parnaíba

Por meio do requerimento de N° 224/2022, do vereador Joãozinho do Trânsito (PSC), o superintendente municipal de Cultura, Arlindo Leão e o presidente da Sociedade de Bois e Quadrilhas de Parnaíba, Roberto William, fizeram uso da Tribuna Livre da sessão ordinária desta terça-feira (26), quando explanaram sobre os projetos executados e as futuras ações que ainda serão feitas para a realização do Festival São João da Parnaíba 2022, além das dificuldades encontradas pelos grupos culturais.

Superintendente municipal de Cultura, Arlindo Leão

As festividades ocorrerão de 27 e 30 de junho na Praça Mandu Ladino (Quadrilhódromo). As inscrições serão feitas do dia 16/05 a 27/05/2022, das 08h às 13h, na sede da Superintendência Municipal de Cultura situada na Casa Grande de Simplício Dias da Silva, no Centro. Esta será a 20ª edição do São João da Parnaíba que, em virtude da pandemia, ficou suspenso por dois anos.

Conforme explicou Arlindo, o primeiro passo foi a publicação do Edital no Diário Oficial do Município, sendo que a próxima etapa será a apresentação dos regulamentos do concurso. De acordo com ele, além de manter viva na cidade a tradição dos festejos juninos, o evento ainda fomenta o comércio da região, gerando emprego e renda.

“O comércio informal como os vendedores ambulantes são beneficiados grandemente, além do comércio geral com a compra dos itens necessários para a festividade”, salientou.

A 20ª edição do São João da Parnaíba contará com a apresentação de 18 grupos culturais e folclóricos, sendo cinco bois adultos, cinco bois infantis, quatro quadrilhas adultas e quatro infantis. Os bois que se apresentarão na categoria adulta serão os seguintes: Lírio do Campo, Brilho da Ilha, Novo Prateado, Estrela Cadente e Rei da Boiada. Já a categoria infantil será composta pelos bois Estrela Cadente, Estrela Mandacaru, Rei do Gado, Brilho da Noite e Lírio Guerreiro. Em relação às quadrilhas, participarão do certame na categoria adulta: Lumiar, Rei do Cangaço, Igaraçu, Fogo de Palha e Princesa do Delta. Na categoria mirim o público prestigiará a performance da Balancinha, Criança no Arraial, Fogo de Palha e Anarriê.

Roberto William, por sua vez, iniciou a fala agradecendo ao apoio por meio de emendas impositivas destinadas aos grupos culturais feitos pelos vereadores Carlson Pessoa (União) – que designou 20 mil; André Neves (Republicanos) – 20 mil reais; Daniel Jackson (Solidariedade) – 20 mil reais; Batista do Catanduvas (Solidariedade) – 20 mil reais; Neta Castelo Branco (Progressistas) -20 mil reais; Joãozinho do Trânsito (PSC) – 29.382,46 e Renato Bittencourt (PTB) – 22 mil reais.

“Vale destacar que a distribuição das emendas será feita conforme informações já repassadas aos grupos em reuniões. As ações das entidades serão divulgadas por meio das redes sociais, pois quando um parlamentar se coloca à disposição da cultura, ele também está ajudando no desenvolvimento da cidade”, disse.

Presidente da Sociedade de Bois e Quadrilhas de Parnaíba, Roberto William

Roberto reforçou ainda o lado social trabalhado pelos grupos culturais a fim de manter a juventude longe dos vícios e da criminalidade.

“O trabalho desenvolvido pelas quadrilhas e bois contribui diretamente para manter nossas crianças e jovens longe da criminalidade, contribuindo dessa forma com os órgãos de segurança do município”, frisou ao levar ainda os parlamentares a fazerem uma reflexão sobre os problemas enfrentados pelas equipes na pós-pandemia, quando muitas quadrilhas e bois acabaram sendo desativados por falta de incentivo.

“Até 2019 tínhamos em cada categoria cerca de 15 grupos ativos. No entanto, desde outubro do ano passado temos encontrado muitas dificuldades para levantar os grupos folclóricos. Lamentamos também o fato de os valores das premiações permanecerem os mesmos do último São João da Parnaíba, sendo que os preços de todos os produtos aumentaram”, argumentou.

Ainda de acordo com o orador, todos os profissionais envolvidos no festival como os brincantes, costureiras, maquiadores, coreógrafos, músicos, artesãos e etc dependem de uma premiação que há muito tempo encontra-se congelada, além do incentivo por parte da iniciativa privada e pública nas esferas municipal, estadual e federal. Além de buscar as emendas municipais, a Sociedade de Bois de Parnaíba chegou a se inscrever no Sistema de Incentivo Estadual à Cultura (SIEC), sem, contudo ser contemplada, a exemplo do que ocorreu ao pleitear espaço na Lei Aldir Blanc.

“Temos vereadores que são padrinhos de alguns bois e quadrilhas, no entanto, nossa demanda atual na Casa de Leis é para que o apoio seja igualitário, de todos os vereadores para que possamos dar o primeiro passo pós-pandemia, pois todos os grupos estão zerados e precisam de apoio para manter viva a cultura junina em Parnaíba”, conclamou Roberto.

Ascom / CMP